Porque é que os laboratórios escolares não têm infra-estrutura de gás?
São 3 os motivos que sustentam a decisão de não incluir instalação de gás nos laboratórios escolares:
- Os elevados custos de instalação de infra-estrutura de gás e sua manutenção de dois em dois anos, como disposto no artigo 3.º da Portaria 362/2000 de 20 de Junho;
- A referência reduzida a bicos de bunsen ou outros equipamentos que necessitem de gás nos currículos do ensino secundário, em particular nos das ciências fisico-químicas;
- As alternativas de equipamento de aquecimento e chama no mercado e suas vantagens face a uma infra-estrutura fixa de gás, em termos de segurança e custos.
Custos
Os custos de instalação de infra-estrutura de gás e sua manutenção de dois em dois anos, para além dos custos associados, p.e. em materiais de construção, protecção das envolventes (paredes e portas), ventilação natural própria e afecta às fugas de gás, sentido de abertura de portas, necessidade eventual de duas saídas, e sistema automático de detecção de gás, são elevados face ás exigências do currículo e do dia a dia dos professores de ciências.
Referências nos currículos
As referências a chama de bico de Bunsen (com respectiva necessidade de instalação de gás) são reduzidas nos currículos de ciências fisico-químicas, sendo as necessidades de aquecimento no geral facilmente substituídas por placas de aquecimento ou bicos de Bunsen portáteis.
Alternativas
A existência no mercado de bicos de bunsen portáteis de carregamento rápido com gás butano (tipo isqueiro), atinge temperaturas de 1371º C e cerca de uma hora de queima contínua. Dada a sua portabilidade, podem ser partilhados facilmente entre laboratórios, reduzindo o número de unidades necessárias por escola. O acondicionamento em caixas facilita também a sua arrumação. Existe ainda a possibilidade de ter um kit com carregadores para substituição rápida de recipientes já vazios.